COMO INVESTIR TENDO DÍVIDAS?
Como investir tendo dívidas? Muito se vê ou se ouve que para começar a investir é necessário primeiro se livrar das dívidas.
No entanto, o hábito do investimento vem com educação financeira aliado a prática de começar o quanto antes. Quanto antes você começar mais a variável tempo trabalha a seu favor o que permite que você caro investidor iniciante comece com pouco e aumente seu patrimônio durante a jornada além do fato de que você precisa de uma reserva financeira para momentos difíceis.
Se você já tem dívida e essa dívida vai levar um bom tempo até ser quitada você não pode esperar ela acabar para começar a investir. Você precisa se livrar desse tipo de crença limitante o quanto antes.
E como começar a investir mesmo tendo dívida?
O primeiro passo é identificar sua situação financeira. Quais são suas fontes de renda? Que tipo de despesas você tem? É despesa essencial ou é despesa desnecessária de gastos por impulso? Sua dívida é de curto prazo ou de longo prazo? É um empréstimo consignado feito em 24 parcelas ou é um financiamento da casa própria que vai levar 30 anos para ser pago? Se for a última opção, por exemplo, você irá esperar 30 anos para investir ? De jeito nenhum!
Começar a cortar os gastos inúteis é fundamental para que sobre dinheiro para sua jornada rumo ao universo dos investimentos. Mas cortar gastos não significa cortar o seu lazer. É para investir e viver também. É preciso cortar gastos de forma inteligente.
Separe o que você ganha em 3 potes: O primeiro pote é o pote das despesas essenciais. Aquele tipo de despesa que não tem como ser eliminada. Exemplo: Aluguel, luz, gás, Super Mercado e lazer (sim lazer é despesa essencial. Lembre-se que você tem que viver e não apenas sobreviver).
No segundo pote; coloque o valor gasto com empréstimos e financiamentos. Aquelas que já estão em curso e você precisa pagar de forma periódica. Exemplo: Financiamento da casa própria, empréstimo consignado, financiamento de veículos entre outros. Antes de falar dos gastos do terceiro pote é importante deixar claro que da pra reduzir o custo desse pote renegociando empréstimos e financiamentos conforme dito no meu canal econoSimples no youtube. Renegocie suas dívidas imediatamente. Aproveite que a taxa de juros da economia brasileira nunca foi tão baixa além do crescimento das fintechs. Para saber mais sobre renegociação de dívidas veja neste link: (3) 4 DICAS PARA NEGOCIAR SUA DÍVIDA COM O BANCO! – YouTube
No terceiro pote você precisa e deve identificar gastos inúteis ou desnecessários. Esse pote é o mais importante. É desse pote que você vai retirar o valor para iniciar os seus investimentos. Exemplos desse tipo de gasto é ter planos de internet ou tv a cabo que você não utiliza. Usar o cartão de crédito como extensão do salário para comprar o que não precisa ou que você já tem em excesso. Vestuário pode ser um gasto essencial ou supérfluo. Você precisa se vestir mas precisa ter 15 pares de sapato ou ter 25 bolsas? Pense nisso. Você vai identificar o que dá para cortar ao colocar tudo no papel ou numa planilha.
Identificou seus gastos desnecessários e agora o que você faz?
Comece a montar seu colchão financeiro ou reserva de emergência. A reserva de emergência varia de acordo com sua condição de empregado, empreendedor ou funcionário público. Se você é empreendedor e tem fonte de renda que oscila de um mês por outro procure tirar uma média mensal dos últimos 12 meses e invista para ter em torno de 12 meses de custo mensal. Se você é CLT e está num emprego mais estável esse valor pode ser reduzido para 6 meses do seu custo mensal. Se você é funcionário público concursado talvez 3 meses de custo mensal seja suficiente.
Mas onde e como começar a investir para formar a sua reserva de emergência?
Esse dinheiro precisa estar a sua disposição em caso de emergência de forma imediata. Então aqui você não vai buscar retornos substanciais com o investimento. Vai aplicar esses recursos em títulos públicos de liquidez diária como o Tesouro Selic ou Fundos DI . Basta começar o quanto antes a investir. O próximo passo é de fato investir em outras classes de ativos visando retornos maiores na renda variável . Mas esse é um assunto para outro artigo.
Dicas:
Caso você tenha se interessado por este tipo de conteúdo e quer saber mais sobre o assunto mas não sabe por onde começar para identificar os seus gastos veja neste link: (2) Crie uma planilha para controlar suas finanças – YouTube como montar uma planilha básica do zero para começar a controlar seus gastos. Caso você queira saber como investir no tesouro Selic ou em fundo DI veja estes dois artigos: clicando aqui 5 Passos de Como Investir no Tesouro Selic 💰 em 2021 (mtrader.com) e aqui BTG Pactual digital zera a taxa do fundo Tesouro Selic Simples. Se você curtiu esse artigo não deixe de compartilhar para que mais pessoas tenham acesso a educação financeira; Se quiser saber mais sobre assuntos relacionados a economia e finanças pessoais ou se você já investe ou tem reserva de emergência ou se ainda está tentando se livrar das dívidas, acesse o meu canal Econosimples no youtube nesse link https://www.youtube.com/channel/UCacjZ2EDN4Pt-KmiX4nMBEQ e se gostar do conteúdo ative as notificações marcando o sininho para saber quando sairá vídeos novos. Inscreva-se no canal caso seja sua primeira vez por lá. Um forte abraço e bons investimentos.
glossário
Reserva de Emergência: A reserva de emergência, como o próprio nome indica, nada mais é do que aquele montante de dinheiro que precisamos ter à mão em um momento emergencial, como um acidente de moto, desemprego, alguma reforma inesperada em casa ou até mesmo uma situação de força maior como essa pandemia que obrigou alguns comerciantes a fecharem as portas por tempo indeterminado. Esse recurso guardado é o que garante que a pessoa terá segurança e tranquilidade para quitar seus débitos sem grandes perdas de padrão de vida em momentos de maior dificuldade.
Educação Financeira: Habilidade de entender como o dinheiro funciona. Aprender a planejar e se organizar financeiramente sabendo a origem e o destino do seu dinheiro para tomada de decisão consciente rumo a liberdade financeira.
Dívida: o valor que se tem que pagar a alguém. Pode ser de curto, médio ou longo prazo. Antecipação para realização de gastos que deverá ser pago no futuro geralmente em prestações acrescidas de juros que nada mais é que o custo do dinheiro tomado por empréstimo e/ou financiamento.
Investimento: o oposto da dívida. Valor poupado da diferença que sobra após o pagamento das despesas. Adiamento de consumo imediato para realização de gastos que deverá ser pago no futuro geralmente com acréscimo de juros ou valorização do bem onde se investiu no mercado de capitais que é a remuneração por ter antecipado seu dinheiro a alguém, empresa ou governo (através de investimentos em renda fixa) ou retorno através de lucros distribuídos (através de investimento em renda variável) no último caso como o próprio nome diz renda variável pode dar prejuízos pontuais e futuros e parte do investimento não dar retorno positivo caso o poupador não tenha noção da distribuição de seus investimentos e classes de ativos de forma diversificada.